A Reforma Tributária e Simples Nacional está mexendo com as estratégias de micro e pequenas empresas em todo o Brasil. Com a aprovação da Lei Complementar 214/25, o modelo de tributação ganhou novas possibilidades e, ao mesmo tempo, novas obrigações. Logo no início, vale destacar que essa mudança não altera a alíquota do regime, mas cria dois caminhos: manter o recolhimento “por dentro” ou optar pelo recolhimento “por fora” da CBS e do IBS.
Como funciona o modelo “por dentro”
Primeiramente, a tributação “por dentro” mantém o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) como forma única de pagamento. Nesse modelo, a reforma tributária e simples nacional continua oferecendo simplicidade e previsibilidade, ideais para empresas que priorizam facilidade de gestão e menor complexidade operacional. Além disso, não há necessidade de controles adicionais para aproveitamento de créditos tributários, já que todo o recolhimento é feito de forma unificada.
Entendendo o modelo “por fora”
Por outro lado, a tributação “por fora” faz com que a empresa recolha CBS e IBS separadamente, seguindo as regras das empresas fora do Simples Nacional. Assim, a reforma tributária e simples nacional permite que negócios se beneficiem de créditos tributários, tornando-se mais competitivos para clientes que também se enquadram nessa sistemática. No entanto, esse caminho exige controles mais rigorosos e maior atenção à apuração detalhada dos tributos, sendo uma escolha que impacta diretamente a rotina administrativa.
Fatores que influenciam a escolha
Além disso, para decidir entre “por dentro” e “por fora”, é essencial analisar fatores como perfil de clientes, cadeia de fornecimento e estrutura de custos. Por exemplo, empresas que vendem para outras pessoas jurídicas e cujos clientes aproveitam créditos tributários podem ter vantagem com o recolhimento “por fora”. Em contrapartida, negócios focados em consumidores finais podem continuar encontrando no modelo atual da reforma tributária e simples nacional a opção mais segura.
Impactos no fluxo de caixa
Ainda, é importante lembrar que a reforma traz a possibilidade de impostos seletivos, como no caso de bebidas, tabaco e combustíveis. Esse detalhe pode afetar a precificação, margens e contratos com fornecedores. Portanto, o impacto da reforma tributária e simples nacional vai muito além da forma de recolhimento, atingindo também o planejamento estratégico e financeiro das empresas.
Como se preparar
Por fim, como a transição entre modelos vai até 2032, o ideal é começar a análise agora. Com mais de 20 milhões de empresas no Simples Nacional, o cenário exige que cada empreendedor busque orientação especializada para não correr riscos. E, nesse ponto, a reforma tributária e simples nacional reforçam a importância de ter um contador preparado para guiar as decisões com segurança e clareza.