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O PORQUÊ DAS EMPRESAS QUEBRAREM E COMO SOLUCIONAR ESSE PROBLEMA

Compreender a razão da alta taxa de mortalidade das empresas é uma informação importante para o empreendedor experiente, iniciante ou até mesmo aquele que ainda planeja iniciar um negócio. Enfim, caso tenha uma atitude padrão que leva a falência, o ideal é reconhecê-la para evitá-la. Neste artigo você vai saber como a fugir dos erros que podem levar seu negócio ao fim.

Com os seguintes tópicos:

  • A mortalidade precoce das empresas brasileiras
  • Dados sobre falências e inadimplência nas empresas
  • Os 10 principais motivos que derrubam os negócios
  • As consequências da má gestão financeira
  • Os prejuízos da falta de planejamento
  • Como o desconhecimento e a falta de humildade atrapalham
  • As melhores táticas de prevenção à falência

Falência: Taxa de mortalidade precoce nas empresas brasileiras

O que não faltam são pesquisas a produzir informações para atestar a mortalidade precoce das empresas no Brasil.

A Demografia das Empresas, divulgou em 2015 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre as conclusões, 22,8% dos negócios não sobrevivem ao primeiro ano de funcionamento no país, enquanto 52,5% quebram antes de completar cinco anos.

Outro fator preocupante é a quebradeira crescente, como o aumento no número de pedidos de falências (12,2%), de falências decretadas (14,7%) e de pedidos de recuperação judicial (49,4%). O levantamento da SCPC Boa Vista compara o total de registros em 2016 com 2015.

Todos esses índices mostram que as empresas quebram e muitas delas antes de adquirir maturidade no mercado. Se quase um quarto dessas empresas sobrevive apenas por alguns meses, imagina em quantos desses casos que seus proprietários ainda tiveram que arcar com dívidas.

E aqueles que conseguiram mantê-las abertas, fica o questionamento: quanto esforço? Muitas vezes sai caro o preço da sobrevivência, e não raro remete ao endividamento.

Foi o que houve em 2019, em outubro com um aumento de 3,37% no número de dívidas em atraso. Em 2021, a inadimplência alcançou números recordes de acordo com a CNC.

O dado consta em pesquisa realizada pela Câmara Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e SPC Brasil, que esse é um cenário ainda pior do que um balanço negativo, pois significa que os empreendedores sequer conseguiram pagar os compromissos financeiros por eles assumidos.

Condicionantes da elevada Taxa de Mortalidade de Empresas Brasileiras

Assim como demonstrado pelo blog da Conta Azul. Há vários estudos que apontam por que as empresas quebram. Vale citar o que o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) apurou há alguns anos junto a empreendedores, na construção da pesquisa Fatores Condicionantes e Taxa de Mortalidade de Empresas no Brasil.| De acordo com a pesquisa do SEBRAE feita em 2005 o principal motivo de falência é a falta de capital de giro com 24,1%, seguido pela alta carga tributária: 16%; falta de clientes: 8%; Concorrência: 7,1%; Baixo lucro: 6,1%; Dificuldade financeira: 6,1%; Desinteresse na continuação do negócio: 6,1%; Maus pagadores/inadimplência: 6,1%; Problemas familiares: 3,8%; Má localização da empresa: 3,8%

Analisando esses dados, vamos falar particularmente sobre algumas das causas que levam ao fechamento precoce de empresas no Brasil.

Má gestão financeira

Se vincularmos os itens falta de capital de giro, baixo lucro e dificuldade financeira esses fatores juntos são responsáveis por 36,3% das falências. Esse seria o índice de falências diretamente relacionado a uma má gestão financeira. Por fim, quem sobrevive sem dinheiro?

Desde condutas primárias, como misturar as finanças da empresa, até erros na definição do preço de venda, passando ainda por captação de empréstimos sem planejamento, descontrole de contas a pagar e a receber, ausência de registro e de análise de receitas e despesas, tudo isso é responsabilidade do gestor.

Um bom gerenciamento financeiro de uma empresa é quase uma ciência, exige estudar, monitorar e produzir informações que sirvam de embasamento para as próprias decisões sobre os rumos do negócio.

Falta de planejamento

Voltando ao ranking do Sebrae, podemos acoplar alta carga tributária, falta de clientes, conrrência, desinteresse na continuação do negócio e má localização da empresa resultando em um índice de 41%, superior, logo, ao relativo à gestão financeira. E porque todos esses estão relacionados à falta de planejamento?

 Para perceber, basta inserir a pergunta “como não previu?”

  • Como não previu os impostos a pagar?
  • Como não previu se o negócio seria viável, atraindo interesse do público?
  • Como não previu o enfrentamento com a concorrência?
  • Como não previu que o negócio não era bem o que gostaria de fazer?
  • Como não previu que a localização escolhida não era adequada para a empresa?

Pequenos empresários que justificaram sua falência ao Sebrae, entenderam que quebraram simplesmente por não terem pensado na empresa antes de seu lançamento.

Desconhecimento generalizado

O assunto da inadimplência, resume bem como o desconhecimento do empresário pode ser danoso ao negócio. Imagine proporcionar pagamentos no boleto, cheque, carnê ou crediário próprio sem conhecer o perfil do seu cliente, sem saber se ele tem interesse nessas opções e se possui um histórico de bom pagador.

Se o cliente não pagar, o prejuízo é da empresa, assim como a necessidade de cobrar o devedor para recuperar ao menos parte das perdas.

Esse é um equívoco que pode ser desastroso, pois leva a erros no que você oferece ao seu público e na forma como oferece. Ou seja, falha nos produtos ou serviços, no atendimento e nas ações de marketing. Assim, perde muita energia e muito dinheiro. E tem ainda o desconhecimento do mercado, dos pontos fracos e fortes do seu produto/serviço, das ameaças da concorrência, dos fatores econômicos, sociais e até da infraestrutura para viabilizar suas operações. Há muito a se pensar e conhecer antes de abrir uma empresa.

Autossuficiência enganosa

O empreendedor que não cuida do caixa, que não planeja e nem pesquisa o mercado antes de se lançar nele, pode agir assim por julgar que nada disso é necessário, pois ele dispõe de tudo o que precisa para ter um negócio de sucesso. A falta de humildade, revela uma falsa autossuficiência. Como consequência, o empresário não precisa de sócio, de contador, de tecnologia e nem mesmo de profissionais de qualidade para compor sua equipe.

O problema é que, o tombo será igualmente solitário, sem ter a quem recorrer para pedir ajuda.

Como não ser mais um a falir

Agora que entendemos melhor a causa da falência das empresas, vamos falar de soluções. Você não precisa ser mais um a fechar as portas do negócio. E se isso acontecer, que seja por questões alheias aos seus esforços e práticas na gestão. Veja quais são as condutas que o seu negócio espera de você para sobreviver, crescer e prosperar.

1. Estude

Um empreendedor precisa estar firmemente cauteloso às oportunidades de aprendizado. Deve-se estudar o mercado, se manter atualizado, acompanhar a circulação da economia e buscar levar da teoria à prática as melhores ações de gestão de empresas.

2. Olhe para o mercado

Você não deve lançar um produto ou serviço sem antes observar o que a concorrência tem feito. Não pode agenciar uma ação de marketing sem saber por qual canal seu cliente deseja ser acessado. Também não deve fechar uma compra sem estabelecer com outros fornecedores.

3. Dedique-se ao controle financeiro

Minutar tudo o que entra e sai do caixa é o mínimo que se espera. Usar essa informação para construir um futuro melhor revela inteligência e maturidade. Deste modo não perderá dinheiro à toa.

 

4. Assuma a sua responsabilidade

Se a empresa é sua, não terceirize a sua responsabilidade com ela. Com obviedade, ser líder é também saber administrar funções, mas algumas delas são particulares do gestor.

5. Passe a tesoura

Você pode ter o melhor plano de redução de despesas, mas ainda assim consecutivamente haverá como cortar mais. É fundamental identificar onde estão os ralos financeiros da empresa, por onde o dinheiro escorre.

 

6. Planeje, ajuste e volte a planejar

Quando o assunto é empreender, qualquer passo a ser dado, é preciso haver uma tática. Isso vale para abrir ou fechar a empresa, para expandir sua atuação, para sair do vermelho, para sobreviver e para crescer. E se algo der errado, ajuste, mas não abandone a precisão de planejar.

 

7. Questione sua veia empreendedora

Com tantos desempregados no país, o que não falta são empreendedores por necessidade, que enxergam no próprio  negócio a única maneira de obter renda. Mas se você não reúne as principais características que compõem um perfil de empresário, as chances de sucesso ficam reduzidas. Coragem, perseverança, liderança, proatividade, autoconfiança e resiliência são algumas delas.

 

8. Conte com toda a ajuda possível

O contador  é, definitivamente, o melhor amigo do empreendedor. Sozinho, sem tempo e sem conhecimento, o dono de empresa geralmente mete os pés pelas mãos na gestão financeira, fiscal e tributária. E se ele alia esse suporte profissional à tecnologia, tudo fica mais fácil. Um sistema de gestão online como a GESTAUM,   integrando processos internos é o melhor investimento a se fazer.

Reflita e aprenda com os erros

Visto nos fatos supracitados, abordamos a mortalidade precoce de negócios no Brasil, apresentamos razões para justificar por que as empresas quebram e também falamos de soluções para que você não se junte às estatísticas.

Assim, acreditamos que o conteúdo com o qual foi mencionado seja válido para planejar melhor o seu negócio, fazer os ajustes necessários e encaminhá-lo a um caminho seguro, de crescimento sustentável.

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